15 dezembro 2010

1º encontro de 2011 - Prof. Sal Restivo

Caríssimos...

... Tempo de silêncio, de renascimento e de mudança!

Começaremos o ano num momento importantíssimo: encontro com o Professor Sal Restivo, no Instituto de Educação - Universidade de Lisboa dia 07 as 14horas.

Maiores informações serão postadas em breve.

Abraço carinhoso,

Moni

15 julho 2010

«Poesia Vadia» no OitoNove

Queridos Amigos e Amigas

Venho aqui partilhar convosco um momento muito especial que vivi ontem, no OitoNove, e onde me lembrei de todos vocês:

http://abeirario.blogspot.com/2010/07/poesia-vadia-oitonove.html


Um grande abraço e beijinhos para todos/as, com saudades,

Margarida

22 maio 2010

Caros amigos,

Foi-me pedido que, finalmente, partilhasse convosco um pouco do que vivi na que foi a minha primeira viagem ao Brasil (Espero que primeira de muitas!), o meu primeiro contacto com este país imenso e repleto de diversidade e, principalmente, um pouco da intensidade que experienciei durante o convívio com os indios Pataxó, Pataxó hã-hã-hãe e Tupinambá, ao longo dos dias em que me foi concedido o privilégio de participar na Iª etapa do LICEEI (Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena).

Não é uma tarefa fácil! Esta foi uma viagem deveras marcante para mim, um verdadeiro recomeço. Por isso começo esta partilha com uma frase que ouvi há pouco: “Não há fins, apenas novos começos!”.

Quando cheguei ao Brasil, comecei a viver um intenso despertar de sentidos e emoções. Esta foi, sem dúvida, uma aventura de cheiros e sabores, cores e muito amor. Encontrei, de facto, um mundo novo e tentei senti-lo o melhor que pude. Provei pamonha, milho cozido, jabuticaba, ingá; cheirei e provei folhas de alfarrobeira; cheirei o mato em S. Roque... As sensações estavam à flor da pele, tudo era intensamente vivenciado e absorvido.

Com a chegada a Cumuruxatiba (local onse se realizou esta etapa da licenciatura) pude perceber melhor o que é o LICEEI, quais os seus objectivos e quem o constitui.

Assim, o LICEEI é, segundo a minha interpretação dos actos vividos e presenciados, uma iniciativa que pretende valorizar a cultura dos povos locais, dos povos indígenas, para que se integrem sem perder as suas raízes, dando-lhes ferramentas para propagar o desenvolvimento dessas raízes junto das crianças que ensinam, impondo-as ao mundo através do respeito, da solidariedade e da cooperação (Ubiratan D’Ambrósio, 2002). Objectivo difícil de alcançar quando se vive numa luta constante contra a perseguição das elites do país.

Foi, também, neste local, que pude viver e começar a ter uma ideia do que é Educação Intercultural e Etnomatemática. Não encontrei estes conceitos em formulações teóricas ou palestras, mas sim em actos vividos, em situações que presenciei. Por exemplo, deparei-me com crianças pequenas e bebés de colo presentes nas aulas e na execução dos trabalhos. Devo confessar que de ínicio me causou uma certa estranheza, mas logo percebi que essa era a beleza deste curso. A necessidade de ir ao encontro das necessidades dos alunos, de adaptar o meio às pessoas e assim construir o futuro em conjunto, em cooperação e de uma forma solidária.

Esta licenciatura é, para mim, a prova de que “a utopia” que nos foi apresentada por Ubiratan D’Ambrósio na vídeo conferência que ocorreu no dia 27 de Fevereiro é possível, é concretizável. Não é fácil, mas pode ser alcançada!

Também, o LICEEI está numa fase inicial de construção e organização, os obstáculos serão, certamente, imensos. No entanto, a força que os move, o sentimento e a luta que os unem permitirão que vençam quaisquer obstáculos. É esta postura etnomatemática que possibilitou que as aulas de Etnomatemática tenham sido vividas com avidez, bem como a produção de trabalhos extremamente interessantes e divertidos, realizados num curto espaço de tempo, deixando de lado a vergonha. É com esta postura que temos muito que aprender!

Tenho muito mais para partilhar, mas penso ser o momento de parar...


Até breve!

24 abril 2010

Cumprir uma promessa ...

A propósito de cumprir promessas, em vésperas do 25 de Abril, uma visita a uma das escolas com que trabalho, levou a escrever o seguinte:

http://aprender-tic-educaoparaapaz.blogspot.com/2010/04/no-que-da-uma-surpresa.html

Um grande abraço para tod@s e que continuemos neste labor pelas promessas que é preciso fazer cumprir!

21 abril 2010

16 abril 2010

Ser e Estar em Pataxó, Pataxó Hãhãhãe e Tupinambá

Partilhar esta experiência aqui no blog trata-se de mobilizar conhecimentos e sentimentos vividos em Curumuxatiba... uma tarefa da qual me sinto imensamente alegre
por fazer mas, devo confessar, que por mais que elabore sinto que jamais poderei partilhar a intensidade do que vivi.
Amigos do GEPEm Pt, foram 8 dias de emoção... de aprendizagem... de interação! Estive no
extremo sul da Bahia - estado do nordeste brasileiro, num vilarejo chamado Cumuruxatiba, praiano e reservado as palmeiras e as baleias Jubarte, e sito na reserva do Parque Nacional do Monte Pascoal. Sim... isso mesmo... exatamente o lugar avistado de longe por Cabral, ou quiça escolhido para ser dito o primeiro lugar a ser avistado. Caso tenha sido uma escolha... ao chegar em Cumuru sabe-se que esta foi de muito bom gosto. Caso tenha sido acaso... ulálá... que espetáculo!
Mesmo depois de tantos anos, e com um começo de opressão e dominação (reconhecido como actos normais nos tempos dos grandes descobrimentos!) devo-lhe dizer que há muito tempo não me sentia tão bem acolhida. Desde minha ida ao Parque Nacional do Xingu (onde me lembro de ter sentido uma enorme alegria em chegar junto aos Mebemgokrê, Panará e Tapayuna) que não vivia o que habita no meu mais profundo eu... a tranquilidade de ser o que sou, de estar onde estou (e contradizendo minha querida Rita Lee... naquela hora não faltava mais nada!).
Cumuru é um lugar Pataxó: respira-se o movimento de etnogênese e adequa-se às necessidades de sobrevivência do UNO (eu, noutro e natureza). Neste lugar fui trabalhar como
professora de etnomatemática a convite da Universidade Estadual da Bahia por meio da minha actual amiga Maria Geovanda Batista - coordenadora do LICEEI (Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena), no módulo Introdução aos Conceitos Matemáticos. Que desafio! Que prenda! Pensei muito em cada um de vocês em Cumuru e nos amigos da Comunidade Fronteiras Urbanas (ichhh... devo concordar com minha querida Rita Lee... logo após o impacto da chegada: "agora só falta o GEPEm PT!").

Introdução aos Conceitos Matemáticos começou com nossa introdução - um bate papo rodeando nossos desejos, nossas expectativas e nossas necessidades. Foram 9 horas de aula no primeiro dia.... domingo dia 08 de Março! Que aula! Um movimento de encontros... externos e internos foi no que chegou a dinâmica proposta num acto colectivo. Conceito de Espaço foi o tema norteador e situcionalizador.
O processo educacional numa postura etnomatemática liberta-nos da hierarquia imposta na postura tradicional. Estou preparando um espaço na web para partilhar convosco as aulas e os portifólios digitias de cada aluno que estou desenvovendo. Sei que este material, trabalhado com eles, será de mais valia para todos... um produto libertário vindo de um processo participativo e construtivo dentro deste movimento de descobertas, de aprendizagens.
Depois deste AUÊ - ritual na chegada e partida do sol - sei que tenho muito mais a partilhar... mas aterro aqui... e deixo o sentir da janela que vivi!

18 março 2010

Partilhando ...

Olá, a tod@s

Hoje venho aqui partilhar convosco um passo importante que foi dado no projecto e na formação que estou a fazer com os professores e educadores com quem estou a trabalhar: acabámos de publicar as primeiras actividades on-line - http://aprender-tic-educaoparaapaz.blogspot.com/2010/03/as-primeiras-actividades.html

Fica aqui o link!

Neste blog podem também encontrar os links para os blogs e páginas que estão a ser desenvolvidos no âmbito deste trabalho.

Estou muito contente!

Bjs e abrs para todos, com saudade,
Margarida

01 março 2010

Ubi no GEPEm PT

RESPEITO, SOLIDARIEDADE e COOPERAÇÃO... Neste dia memorável, como disse nossa companheira Margarida Belchior, ficou a aprendizagem via nossa comunhão!!!!

Inaugura-se, oficialmente, as actividades do GEPEm Pt -
Aprendizagem ao Longo da Vida, no passado dia 27, com uma belíssima e emocionante video-conferência proferida pelo Professor Ubiratan D'Ambrosio aos membros deste grupo em Portugal e na Dinamarca.
Este momento foi marcado pela discussão da entrevista conduzida pelo Nuno Vieira ao Professor Ubi, pubicada pela Revista Lusófona em 2008:

Porém, por meio desta discussão, o Professor Ubi levou-nos a uma viagem histórica transcultural abordando temáticas diversificadas (imigração dos afro-descendestes, educação na diversidade e na alteridade, violência e amor, buscas do ser humano), respondendo a questões específicas dos membros do grupo e definindo, em prática, qual é o papel da etnomatemática na sociedade pós-moderna.



Nossos sinceros agradecimentos ao Professor Ubi pela partilha com amor e por nos ajudar a começar esta caminhada!

27 fevereiro 2010

«Um dia memorável!»

Venho agradecer a todos a memorável vídeo-conferência em que participámos hoje de manhã:
para mim vai ficar registado como um momento inesquecível, sob diversos pontos de vista.
Deixo-vos aqui o link http://abeirario.blogspot.com/2010/02/um-dia-memoravel.html para o que acabo de escrever sobre isso no meu blog.
Um abraço muito agradecido para todos e um bom resto de fim-de-semana.

24 fevereiro 2010

Experiencia Partilhada - MALANGATANA

Caríssimos amigos,

Estive na exposição do pintor e poeta moçambicano Malangatana Ngwenya em Évora, no Palácio Dom Manuel - indicada pela nossa amiga Margarida Belchior e que ficará até dia 28 de Março.

Precisava partilhar esta linda viagem interior que fiz e explicitar quanto desejei estar nesta exposição com vcs!

Fica a dica para quem puder ir ou, pelo menos, visitar virtualmente as obras do Malangatana.

Há... e uma notícia relevante para nossa caminhada: A Universidade de Évora atribuiu, no passado dia 11, o doutoramento honores causa ao pintor moçambicano Malangatana, no ano em que se assinalam 50 anos da sua obra assentada na dimensão artística e no compromisso que este pintor e poeta assumiu com os valores do humanismo.

23 fevereiro 2010

27 de Fevereiro - Vídeo Conferência

Caríssimos,

Conforme acordado em nosso último encontro faço a sugestão que nossa vídeo conferência seja dia 27 de Fevereiro, próximo sábado, nas instalações da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa por volta das 11 horas da manhã.

Fica, desde já, o convite para uma confraternização em minha casa, após a conferência com vossos familiares.

Obrigada Alexandre pelas duas sugestões de leitura. Em nosso último encontro analisamos o site do Zizek em português e cada um de nós elegeu um texto para aprofundar a leitura. Já o link do texto do Baldino... foi sugerido uma leitura em conjunto que esta programada para dia 19 de Março.

Abraço carinhoso,

Moni

08 fevereiro 2010

Preparação do encontro de sexta

Olá a todos!
Me alegro muito de saber que vosso trabalho continua em força, e que está dando frutos deliciosos, do qual este blog é um exemplo.
Combinei com a Mônica estar presente na reunião de sexta para discutirmos o texto do Ubiratan colocado em baixo. É um texto síntese de suas ideias sobre matemática e educação, e parece-me um óptimo ponto de partida para discutirmos aspectos filosóficos e políticos que caracterizam o programa de etnomatemática, como Ubiratan o coloca. Acabei agora mesmo de o ler e, dos muitos pontos para discussão, estes foram os que me despertaram o interesse, sob a forma de questões:
1. Ubiratan, a respeito das implicações educacionais da etnomatemática, diz que "Sem dúvida, desde que o conceito de sucesso ou insucesso seja desvinculado de se obter boas marcas nos testes padronizados." Ora, estando todo o actual sistema de ensino (desde a sala de aula - os eternos testes como principal medida de avaliação do aluno; passando pelos exames nacionais até ao PISA, a uma escala internacional) montado em torno da classificação de pessoas, onde o teste é o principal instrumento, não deveríamos, antes de sugerir implicações pedagógicas, lidar com este problema que compromete qualquer bem intencionada implementação (mesmo de ideias etnomatemáticas)? Se sim, como pensar a escola sem classificação? Ou com outro tipo de classificação baseada não no conhecimento mas no trabalho despendido pelo aluno (como a assimilação solidária do Baldino)?
2. Ubiratan coloca a educação na dialéctica do novo e do velho: na educação a cultura do velho confronta-se com a do novo - a missão de transmitir o já estabelecido (não só conhecimentos mas comportamentos), com a ânsia de inovar, de partir para o inesperado e o desconhecido. Mas, nos dias que correm, não é o velho que aparece mascarado de novo? Ou será o novo, só por ser novo, melhor que o velho? Sugiro que pensemos em educação também na dialéctica do "eu" e do "outro", isto é, a educação como esse encontro impossível (como diria Freud) entre aquilo que eu pretendo ser e as demandas do outro para que eu seja.
3. Finalmente, Ubiratan parece isolar a vertente política da etnomatemática naquilo que ele chama de educação matemática crítica. Contudo, no meu entender, todo o programa de etnomatemática é, desde o início, um programa político. Ao fazer a crítica da matemática académica como hegemónica e excludente, estamos já no campo da política. Que vos parece?
Tinha combinado com a Mônica discutirmos também um texto de Zizek, senhor que muito nos tem influenciado em nossos entendimentos da realidade social. Zizek publicou durante alguns anos artigos semanais no jornal brasileiro "A Folha". No site http://zizek.weebly.com/textos.html
estão alguns desses textos. Se tiverem curiosidade dêem uma olhadela, podemos discutir um deles em próximos encontros. Para este, minha sugestão é que confrontemos este texto do Ubiratan com este de Roberto Baldino onde ele desenvolve uma crítica ao modo como encaramos os chamados "conhecimentos do dia-a-dia" e a construção de significado. Sendo um texto desafiante, acho que é um bom contra-ponto ao texto do Ubiratan. Fica aqui o link:

http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/bolema/article/view/983/913


Para quem tiver curiosidade em saber o que é assimilação solidária (onde o que é valorizado é o trabalho e não o conhecimento matemático) dêem uma olhadela no texto do Baldino: www.unemat-net.br/prof/foto_p.../onze_anos_depois.doc

Vamos nos falando...
Abraço
Alexandre

29 janeiro 2010

Nossa Entrevista

Caríssimos,

Que alegria ler um pouquinho da nossa história... !!!!!

http://www.direitodeaprender.com.pt/media/aprender11_pp.pdf

Sem palavras para agradecer a Aprender e todos aqueles que funcionaram como alavanca impulsionadora de amor e confiança neste exercício de estarmos juntos!

Obrigada a todos vcs....

Continuando Jorge... Neruda

Em pesquisa aconselhada por Jorge, encontrei " Neruda "

Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de
marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não
conhece.

Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de
emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.

27 janeiro 2010

Vamos procurar mais

Minhas amigas. Quando procurava a revista aprender para tomar uns apontamentos sobre a nossa entrevista verifiquei que existe um portal da Associação O Direito de Aprender 5.ª revista on-line do Instituto Paulo Freire de Espanha onde tem o Rizoma freireano. Procurem.
Um beijinho para todas, e continação de um bom dia.

22 janeiro 2010

CHAMADA Á DINAMARCA

Olá Alex

Saúde. Gostariamos de ter a tua presença num dos próximos encontros do GEPEm - na FCT da UNL no Monte de Caparica, para nos elucidares nalgumas dúvidas e para termos a tua presença junto a nós, a qual muito nos honra.
Sabes que a Conferência em Londres foi um êxito, fui elogiado por um prof. inglês, porque disse que um mais um tanto podem ser dois ou mais, dependendo da vontade de um casal (2).

Saudações de amizade

15 janeiro 2010

Etnomatemática - Entrevista Ubi em Pt

Caríssimos,

Com muita alegria deixo, aqui, um texto que considero importante neste começo... Professor Ubiratan em entrevista com nosso amigo Nuno, da Lusófona.

http://rleducacao.ulusofona.pt/arquivo_revistas/educacao11/pdf11/dialogos_entrevista_ubiratan.pdf

Vamos discutí-lo dia 22 de Janeiro em nosso encontro na Universidade Nova de Lisboa - FCT, ok? Vou convidar o Nuno para estar presente....

Abraço carinhoso,

Monica

10 janeiro 2010

Temas para o RVCC

Amigas/o, a hora é imprópria, mas, estou tentando

descortinar ideias para escrever uns temas interessantes e

de modo ordenado, para incluir no nosso RVCC.

Já leram a mensagem que o Paulo Santos nos enviou ?

02 janeiro 2010

Aceitação

Aceito participar neste novo blogue que é uma prova do caminhar da nossa aprendizagem.


Conhecimentos, conctatos, afectos e aquele abraço que nos dá tanta energia.


Estamos preparados para a próxima etapa.


Bom- Ano para todos!

Isaura

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